Código: | LAS09 | ||||||||||||||||||||||||||
Sigla: | PS | ||||||||||||||||||||||||||
Secção/Departamento: | Ciências Sociais e Pedagogia | ||||||||||||||||||||||||||
Semestre/Trimestre: | 2º Semestre | ||||||||||||||||||||||||||
Cursos: |
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Nº de semanas letivas: | 15 | ||||||||||||||||||||||||||
Carga horária: |
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Responsável: |
Cristina Maria Gomes da Silva |
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Corpo docente: |
Cristina Maria Gomes da Silva |
Português
Discutir a natureza do Estado Providência nas sociedades modernas e, em particular, na União Europeia.
Refletir sobre a natureza e o âmbito da política social e as novas formas de a conceptualizar como resposta a
novas categorias de problemas e a alterações nas condições de produção de bemestar
Posicionarse perante alguns dos significados e controvérsias na definição das Politicas Sociais em
diferentes domínios, do emprego à prevenção da exclusão, da habitação à saúde.
Problematizar políticas e perspetivas legislativas que sustentam os processos de animação e intervenção
sociocultural em diferentes domínios e campos profissionais (do domicílio, do acolhimento, da inserção; do
local, da deficiência, …)
Refletir sobre as formas de organização da produção de bemestar, das formas de atuação do Estado (aos
nível central e local) à sua articulação com outros atores sociais (mercado, economia social e sociedade civil).
A EstadoProvidência, Políticas Sociais e funções sociais do Estado
1. Estado–Providência e funções sociais do Estado. Conceito e âmbito das Políticas Sociais
2. Da crise à reforma do Estado Social. Pluralidades dos atores: o Welfaremix. Novas cidadanias e novos
movimentos sociais
3. Os profissionais do social: “arte” de fazer, urgências sociais e riscos institucionais
B – Contextos e situações, perspetivas sociais, opções políticas e instrumentos
1. Vida ativa, trabalho, emprego e desemprego. Precarização e polivalência no trabalho.
2. Pobreza e exclusão social. Os “desencorajados”. As populações juvenis em situação de risco. As empresas
de inserção. O envelhecimento ativo.
3. As descriminações de género e as políticas de apoio à família
4. Imigração, diversidade étnica e integração social
5. O alojamento, a habitação e a cidade.
Nesta UC serão abordadas questões relativas o Estado Social e às funções do Estado na promoção e garantia de direitos essenciais.
Assim, conhecer e discutir, por um lado, diferentes posicionamentos sobre a reforma do Estado Social, inscrevendo-os no âmbito das teorias sociais, e, por outro, as propostas que lhes estão associadas relativamente aos vários campos do trabalho social e, em particular, da animação e intervenção sociocultural, é a via seguida para a consecução dos objetivos fixados para a UC, o que passa por conhecer e problematizar os significados das formas organizativas e do mix de atores presentes nas respostas sociais e nessas propostas.
Compreende: (a) Exposição do bloco A, pela/pelo docente; (b) Apresentação de comentários, escritos ou orais, a textos ou filmes; (c) Apresentação e discussão dos trabalhos finais de grupo, centrados nos temas do bloco B e incluindo trabalho empírico sobre instituições da área escolhida com elaboração prévia de uma ficha de projeto (leituras e referências ao trabalho empírico) ; (d) Acompanhamento tutorial.
É fomentado o debate a partir da informação apresentada e de “casos” de atualidade (comunicação social), e o contacto direto ou via web com entidades públicas ou privadas para conhecimento de programas de políticas sociais.
As sessões letivas em grande grupo, teóricas e teórico-práticas, recorrem a diversos tipos de materiais, para leitura e debate, sobre as temáticas em análise os quais são posteriormente colocados no moodle para disponibilização a todos os estudantes e, em particular, aos que apresentam menor frequência das aulas e/ou não estão em avaliação contínua.
Nestas sessões o essencial das metodologias de ensino passa pela introdução dos temas pela/pelo docente e pelo debate em grande grupo. Estabelece-se assim a relação entre os conteúdos do programa e a problematização das propostas e das respostas sociais com que nos confrontamos.
As sessões de orientação tutória, são geralmente concretizadas com grupos de 3 ou 4 estudantes, exigem a presença obrigatória de todos os elementos do grupo e estão direcionadas para o apoio e esclarecimento de dúvidas apresentadas pelos/pelas estudantes.
A apresentação oral do trabalho de grupo, tem uma primeira etapa que consiste na elaboração e entrega à/ao docente de uma ficha de pré-projecto do trabalho final, onde já constam algumas leituras de suporte à análise do tema escolhido pelo grupo.
As metodologias de avaliação, e os processos de trabalho a ela associados, procuram igualmente garantir a consecução dos objetivos de aprendizagem. Neste sentido, a realização de um trabalho individual em sala de aula, no final do primeiro bloco de conteúdos, procura garantir que conceitos e ideias-chave das principais problemáticas do programa são aprendidos.
O trabalho final inclui obrigatoriamente, para além do enquadramento teórico sobre a temática escolhida, o estudo de um objeto empírico, o que implica a recolha de informação sobre uma instituição cuja atividade se desenvolva no âmbito de do tema escolhido pelas/pelos estudantes.
Finalmente, a apresentação à turma das ideias chave presentes nos trabalhos finais, com presença obrigatória de todos os grupos, permite a abordagem e discussão alargada sobre os respetivos temas.
A avaliação desta UC realizar-se-á de acordo com as atividades propostas e os princípios expressos no programa. Assim, a classificação final de cada estudante será o resultado de um processo contínuo tendo em conta o seu desempenho nas seguintes componentes de avaliação:
a) Trabalho escrito individual, a realizar em aula – 50%
b) Apresentação oral, em grupo, sobre um tema do programa – 40%
c) Participação regular e pertinente - (10%).
Para que seja assegurada a continuação na avaliação contínua, as/os estudantes deverão cumprir todos os momentos de avaliação.
Em cada produto de avaliação serão mobilizados os seguintes critérios
Apresentação de trabalho de grupo
- Contextualização histórica
- Discussão conceptual
- Capacidade de análise e competência crítica
- Capacidade de síntese e assertividade
- Cumprimento das regras do trabalho académico
Trabalho escrito individual
- Apropriação dos principais conceitos em causa
- Capacidade crítica e de síntese
- Capacidades linguísticas escritas
Participação
- Assiduidade
- Pertinência das intervenções
- Participação no trabalho coletivo/colaborativo
- Contribuição para o aprofundamento das temáticas abordadas em aula
Antunes, Gonçalo. 2019. «Políticas de habitação social em Portugal: de 1974 à actualidade». Fórum Sociológico, no. 34: 7-17.
Cardoso, Susana, et al. 2012.«Estado e políticas sociais sobre a velhice em Portugal (1990-2008)». Análise Social, vol. XLVII, no. 3: 606-630.
Diogo, Fernando, coord. 2021. A pobreza em Portugal. Trajetos e quotidianos. Lisboa: FFMS.
Esping-Andersen, Gosta. 1991. «As três economias políticas do Welfare State». Lua Nova: Revista de Cultura e Política, n. 24: 85-116.
Fraser, Nancy e Linda Gordon. 1992 «Contrato versus Caridade: porque não existe cidadania social nos Estados Unidos?». Revista Crítica de Ciências Sociais, n. 42: 27-52.
Hirschman, Albert O. 1992. A retórica da intransigência: futilidade, perversidade, ameaça. Rio de Janeiro: Companhia das Letras.
Marshall, T.H. 1967 [1949] «Cidadania e classe social». Em Cidadania, classe social e status. Rio de Janeiro: Zahar, 57-114.
Pais, José Machado, et al. 2022. Inquérito às práticas culturais dos portugueses. 2020, Síntese dos resultados. Lisboa: ICS.
Santos, Boaventura Sousa de. 1992. «O Estado, as relações salariais e o bem estar social na semiperiferia: o caso português». Oficina do CES, Centro de Estudos Sociais: Coimbra.
Tomás, Catarina e Gabriela Trevisan, eds.. 2021. Sociologia da infância em Portugal. Lisboa, APS: 26-49.
Truninger, Monica e Vasco Ramos. 2019. Alimentação em tempos difíceis – Entre a família e a escola. Lisboa: Observatório Permanente da Juventude.
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